Malangatana
Técnica: Serigrafia
Dimensões: 76 x 56 cm
Referência: MG0001
P.V.P.: 550 €
Título: Khanimambo Baka Ngwenya
Técnica: Serigrafia
Dimensões: 70 x 100 cm
Referência: MG0002
P.V.P.: 1045,50 €
Título: Transfomação
Técnica: Serigrafia
Dimensões: 70 x 50 cm
Referência: MG0003
P.V.P.: 550 €
Sobre Malangatana
Fonte: https://www.noticiasdecoimbra.pt/vida-e-obra-de-mario-silva-em-exposicoes-na-cidade-de-coimbra/
1936-1953: Malangatana Valente Ngwenya nasce a 6 de junho, em Matalana, distrito de Marracuene, 6 de junho, foi um artista plástico e poeta moçambicano, conhecido internacionalmente pelo seu primeiro nome "Malangatana", tendo produzido trabalhos em vários suportes e meios, desde desenho, pintura, escultura, cerâmica, murais, poesia e música
Passou a infância a ajudar a mãe na fazenda enquanto frequentava a escola da missão suíça protestante, onde aprendeu a ler e a escrever e, após o seu encerramento, a escola da missão católica, concluindo a terceira classe em 1948.
Aos 12 anos de idade, mudou-se para Lourenço Marques (atual Maputo) à procura de trabalho, tendo praticado vários ofícios e acabando por em 1953 arranjar trabalho como apanhador de bolas num clube de ténis, o que lhe permitiu retomar os estudos, frequentando aulas noturnas que lhe despertaram o interesse pelas artes, onde teve como mestre o arquiteto Garizo do Carmo. Um dos membros do clube de ténis, Augusto Cabral, ofereceu-lhe material de pintura e ajudou-o a vender os seus primeiros trabalhos.
1958: Ingressou no Núcleo de Arte, uma organização artística local, recebendo o apoio do pintor Zé Júlio. No ano seguinte, expôs a sua arte publicamente, pela primeira vez, numa exposição coletivas, passando a artista profissional graças ao apoio oferecido pelo arquiteto português Pancho Guedes, através da cedência de um espaço onde pôde criar o seu atelier, e da aquisição mensal de dois quadros.
1961: Aos 25 anos, fez a sua primeira exposição individual no Banco Nacional Ultramarino.
1963-66: Publicou alguns dos seus poemas no jornal «Orfeu Negro» e foi incluído na «Antologia da Poesia Moderna Africana».
Nessa altura, é indiciado como membro da FRELIMO, ficando preso na cadeia da Machava até ser absolvido a 23 de março de 1966. A exposição Malangatana - Os anos da prisão, realizada em Lisboa, contabiliza como "anos da prisão" também aqueles que seguiram o cárcere, e em que Malangatana continuou a representá-lo.
1971: A 4 de janeiro foi novamente detido, a fim de esclarecer o simbolismo do quadro «25 de setembro», exposto recentemente no Núcleo de Arte, o que pôs em risco a sua partida para Portugal, onde obtivera uma bolsa da Fundação Gulbenkian para estudar gravura e cerâmica.
1976/1977: Malangatana esteve detido num centro de reeducação como castigo pelo seu comportamento na época colonial. Na mesma altura, foi apresentada na Facim (Feira de Maputo) e numa exposição de artes plásticas organizada pelo Centro Organizativo dos Artistas Plásticos e Artesãos, com sede no antigo Núcleo de Arte, uma obra dele que foi cedida por sua mulher.
1990: Depois da independência de Moçambique, foi eleito deputado pela FRELIMO.
1998: Eleito para a Assembleia Municipal de Maputo e reeleito em 2003. Participou em ações de alfabetização e na organização das aldeias comunais na Província de Nampula. Foi um dos fundadores do «Movimento Moçambicano para a Paz» e fez parte dos «Artistas do Mundo contra o Apartheid».
2011: Falecimento a 5 de janeiro no Hospital Pedro Hispano, em Matosinhos, Portugal.
Se gosta de Malangatana, poderá também achar interessante os trabalhos de José de Guimarães, Cruzeiro Seixas e Diogo Navarro.