A Serigrafias & Afins acaba de reforçar a sua coleção com obras deste consagrdo artista, que vale a pena conhecer aqui.
,João Hogan procura a "rudeza e vastidão" das paisagens da Beira Baixa ou dos arredores de Lisboa, prendendo-se, desde logo, com a longa tradição naturalista nacional.
Mas se as primeiras obras revelam a sua "admiração por Silva Porto, Columbano ou Malhoa, veremos depois distanciar-se desse modelo e aderir a uma forma mais sólida de estruturar a imagem. Datando de 1940 pinturas em que já é clara uma outra visão, mais consonante com a "pintura construída de Cézanne. É essa linha que vai desenvolver e aprofundar ao longo dos anos de maturidade.
Na década de 1950 o seu imaginário adensa-se, repartindo-se por paisagens cada vez mais poderosas e pinturas figurativas de outro tipo, que o aproximam da figuração expressionista que terá conhecido durante uma viagem a Bruxelas. Essa vocação narrativa encontra na gravura, a que se dedica a partir de 1957, um novo fôlego, mais tarde rejuvenescido pela aproximação "aos domínios do surreal e do fantástico"
João Hogan foi um gravador e artista português de ascendência irlandesa, sendo neto do aguarelista Ricardo Hogan e sobrinho do pintor Álvaro Navarro Hogan.
Quem foi João Hogan?
Entre 1930 e 1939 trabalha numa oficina de marcenaria; inscrevendo-se, entretanto, na Escola Superior de Belas Artes de Lisboa, que abandona ao fim de apenas um ano letivo, para continuar, em 1937, os estudos com Frederico Ayres e Mário Augusto na SNBA. Apresentará a sua obra publicamente pela primeira vez em 1942, na Exposição de Arte Moderna do SPN, Lisboa.
Foi sócio fundador da Sociedade Cooperativa de Gravadores Portugueses, em Lisboa, onde dirigiu diversos cursos de gravura, tendo um papel importante na formação das gerações mais novas (muitos dos atuais gravadores de Portugal foram seus alunos).
"Embora o tema privilegiado do seu trabalho tenha sido a paisagem, fez vários autorretratos ao longo da sua vida[...] em que se afirma a densidade matérica, a força expressiva e a intensidade do olhar"
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