Leonardo da Vinci, uma das figuras mais importantes do Renascimento, foi detido aos 24 anos acusado de sodomia, crime associado à homossexualidade e punível com a pena de morte em Florença do século XV.
Leonardo da Vinci, uma das figuras mais importantes do Renascimento, foi detido aos 24 anos acusado de sodomia, crime associado à homossexualidade e punível com a pena de morte em Florença do século XV.
O tribunal responsável por esta detenção era conhecido como A Ufficiali di Notte, isto é, “Oficiais da Noite”, um tribunal florentino que reprimia a homossexualidade masculina. Na época eram utilizadas urnas por toda a cidade, onde os cidadãos podiam realizar as suas acusações de forma anónima. Foi assim no caso de Leonardo Da Vinci, acusado de ter relações sexuais com o jovem Jacopo Saltarelli de 17 anos. Juntamente com o pintor foram também detidos Bartolomeo di Pasquino e Leonardo Tornabuoni, acusados do mesmo crime. Estes indivíduos, assim como da Vinci, foram absolvidos dois meses depois, por falta de provas e testemunhas, uma vez que estas acusações anónimas eram frequentemente infundadas ou realizadas por inimigos dos incriminados.
Leonardo da Vinci, não muito tempo depois, abandonou a oficina Verrocchio de Florença e partiu para Milão, onde continuou a sua carreira, não existindo registo de nenhum episódio semelhante. Ainda assim, esta detenção é responsável pela controvérsia que existe entre historiadores acerca da sexualidade de Leonardo da Vinci, por muitos considerado o maior génio da história pela sua multiplicidade de talentos.
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