Conheça aqui o poema que José Manuel Figueiredo dedicou ao Elevador de Santa Justa, em Lisboa, bem como a obra do artista Joaquim Canotilho que também faz jus a este ex-libris.
![Conheça aqui o poema que José Manuel Figueiredo dedicou ao Elevador de Santa Justa, em Lisboa, bem como a obra do artista Joaquim Canotilho que também faz jus a este ex-libris](https://static.wixstatic.com/media/a76fd7_e7a0f5b51425475c9af2cc5c32288b7e~mv2.jpg/v1/fill/w_261,h_717,al_c,q_80,enc_auto/a76fd7_e7a0f5b51425475c9af2cc5c32288b7e~mv2.jpg)
quanto me custa
este viver à justa
no meu elevador
de santa justa apertado
olhar condoído
o coração dormente
a mão quase sempre
bem rente ao ouvido
o rosto tão duro
e o corpo? estreito
pranchado direito
tão contra esse muro
a língua enroscada
(qual cobra no vale)
na boca fechada
e o resto é igual
ai quanto me custa
este viver à justa
no meu elevador
de santa justa apertado
olhar de garrote
a boca fechada
a corda esticada
da língua à glote
José Manuel Figueiredo
Quem é José Manuel Figueiredo?
Nascido em Lisboa, em 1958, formado em Engenharia pelo IST e, a partir daí, professor de Matemática numa escola secundária, em Oeiras,
Na obra, em Um mundo de facas o autor reúne parte da sua obra escrita de poesia, que inclui este sobre o Elevador de Santa Justa.
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